27 novembro 2014

Dance tips #3

Disclamer: não vai sair daqui um tema bóónito e fóófinho...

Odores, humidade e manchas indesejáveis. Para os meninos e meninas que gostam de uma boa noite social afrolatina. Falo de noites frequentadas por alunos de escolas de dança, e não aquelas africanas onde vão apenas os adeptos do roça-roça. Essas não conheço, e sinto-me abençoada nessa ignorância. Mas no tipo de noites a que me refiro, o que se segue é válido tanto para quem só vai kizombar, como para os verdadeiros apreciadores de ritmos latinos.
Mas tu nem sequer gostas muito de dançar kizomba, rato. Eu sei, e parte das razões para que assim seja são precisamente as que vou descrever. Para além disso, como irão ver, os mesmos problemas se aplicam na salsa. 

Ora, nós sabemos que pode ser um exercício intenso, o que muitas vezes propicia o suadoiro geral. Certo, é fisiológico, uns mais do que outros, toda a gente compreende, mas não há desculpas para se ser badalhoco. Por favoooor, tomem banho e usem desodorizante. Suam muito? Fácil, além da toalhinha, levem umas quantas t-shirts para irem trocando durante a noite, sim?
O motivo é simples. E vou generalizar isto para os homens, não só porque a maioria das vezes são os elementos centrais desta problemática, mas também porque só posso oferecer a minha perspectiva de mulher sequinha.

Então, primeiro para os kizombeiros. Não há mulher nenhuma que se queira encostar a vocês quando estão assim encharcados. Nenhuma gosta de sair da pista de dança com umas marcas na camisola iguaizinhas às que ocorrem no verão, quando se vestem com o bikini molhado. É constrangedor, e apesar de salgado, não é água do mar, ok? Por isso, blhac e blhac. Mudem de t-shirt mais vezes. E já agora limpem também a cara e o pescoço, porque nenhuma vai gostar de encostar a testa nessas zonas húmidas. Menos ainda se, depois disso, o cabelo dela ficar a parecer uma pobre vítima de lambidelas de vaca.
Mais homens sequinhos e bem cheirosos e acreditem que se dançava muito mais kizomba numa noite destas, vale?

E pensam agora os salseiros e bachateiros, ah e tal, estamos safos, nestas danças não há assim tanto contacto físico, elas não se podem queixar. Errado. Há contacto sim, quando a música o pede (interpretação musical, ring a bell?), mas esse não é o único problema. Sabem aquelas voltinhas que vocês dão? Sim? E sabem o que acontece nesse momento se estiverem a escorrer suor? Estão a ver o conceito de força centrífuga? Hum? Estão? É que muitas mulheres deixam precisamente de ver quando apanham um "chuveirada" dessas na cara. Não há blhacs que cheguem para vocês.

Sim, sim, claro que há situações em que não se importam de uma troca de suores, eu sei, todos gostamos, até os animaizinhos, blá blá blá, mas nunca, nunca e nunca, numa pista de dança, por favor. Pronto, a não ser que estejam sozinhos e que a outra pessoa esteja tão entusiasmada como vocês. Isso já é da vossa vidinha, não tenho nada a ver com o assunto e não preciso de saber.
Sendo assim, vamos lá aplicar isto este fim-de-semana, sim marranitos? A gerência agradece.

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