17 fevereiro 2015

Eles não sabem nem sonham, que o sonho comanda a vida?

Toda a gente se queixa de ter sonhos estranhos de vez em quando. E tão variados como os sonhos são as correntes científicas que os tentam explicar. As mais ligadas à área das neurociências defendem a importância no processamento das informações diárias, na mistura e consolidação de memórias e na própria simulação de comportamentos. Já para Freud, seriam a realização de desejos reprimidos do inconsciente de cada um. A psicologia moderna acaba por aproximar as distintas áreas de estudo, fundamentando as suas análises em estudos neuronais. E claro, ciência à parte, existe ainda quem os encare como sinais ou premonições.

Mas no que diz respeito à mente, as dúvidas continuam a ultrapassar em muito as certezas. E paralelamente à temática dos sonhos, correm também as teorias sobre o poder do subconsciente, a possibilidade de transmitir ou adivinhar pensamentos, ou de exercer qualquer tipo de poder telepático. Também será comum a muitos aquela afinidade que sentem com alguém, que permite saber muitas vezes o que o outro está a pensar sem sequer precisarem de trocar um palavra.

Causa ou consequência da minha formação, sou uma pessoa céptica e analítica. Mais, sou realmente chatinha quando se trata de acreditar, preciso de explicações, de provas, de ver, de perceber. Ainda assim, sou capaz de fazer algumas concessões. Mesmo não entendendo totalmente a mecânica da coisa, aceito que seja possível reter memórias que conscientemente não possuímos ou que seja possível conhecer alguém tão bem que não haja segredos quanto ao que essa pessoa está a pensar ou a sentir. E sendo que tudo no nosso corpo é o resultado de reacções químicas, as moléculas nelas envolvidas podem de alguma forma estimular não só o nosso, mas o cérebro de outros.

Resumindo a minha opinião a uma palavra, plausibilidade. Consequentemente, não estranhei ter sonhado, assim do nada, que passados meses de silêncio, ele vinha falar comigo. Tal como também não estranhei quando, na manhã seguinte, o telefone vibrou e... tenho saudades de falar contigo.

"Eles não sabem que o sonho / é uma constante da vida / tão concreta e definida / como outra coisa qualquer"

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